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quinta-feira, 14 de abril de 2011

INFORMAÇÕES QUE FAZEM A DIFERENÇA!

A cada dia que passa, os produtos industrializados ocupam mais espaço em nossas vidas. Por serem práticos, de fácil acesso e muitas vezes prontos para consumo, hoje em dia eles representam cerca de 80% de nossa alimentação diária.
É só parar pra pensar no que estamos acostumados a comer todos os dias: pão de forma, torrada, manteiga, requeijão, leite longa vida, achocolatados, cereais matinais, biscoitos, barrinha de cereais, sucos de caixinha, refrigerantes, comida congelada, enfim, são inúmeros os alimentos industrializados que estamos habituados a comer.
Mas, qual é o preço que nossa saúde paga por toda essa praticidade? E será que todos os alimentos industrializados são iguais, ou seja, será que não existem diferenças importantes entre produtos de diferentes marcas?

Para que os alimentos industrializados tenham uma aparência atraente, maior durabilidade e praticidade, os fabricantes utilizam uma série de aditivos químicos que, muitas vezes, podem ser prejudiciais à saúde de quem os consome com freqüência. Os aditivos mais utilizados são corantes, aromatizantes, conservantes, estabilizantes e acidulantes. Cada um deles possui uma função específica, e o que devemos saber é que quanto maior a quantidade de aditivos artificiais, pior para nossa saúde – a dose é que faz o veneno.

Na prática, isso significa que devemos controlar o consumo de alimentos industrializados, diversificando ao máximo a alimentação, eliminando assim o risco de acumular altos níveis de uma substância química que pode ser tóxica ao organismo. Estudos mostram que alguns aditivos podem causar efeitos prejudiciais à saúde, como alergias, problemas respiratórios, inflamações e câncer.

A presença de aditivos químicos nos alimentos deve ser discriminada na embalagem, mas nem todo mundo sabe como identificá-los. O primeiro passo é começar a ler os rótulos dos alimentos antes de colocá-los no carrinho do supermercado. Mas não vale observar só as calorias e a data de validade. Além da informação nutricional (aquela tabelinha com o valor energético e a quantidade de nutrientes), é importante ficar atento à lista de ingredientes, pois é lá que você saberá qual é a real composição do produto e a partir de quais matérias-primas ele foi feito.

Assim, se nessa lista aparecem açúcar refinado, farinha branca, gordura vegetal hidrogenada, corantes artificiais, estabilizantes, conservantes e outros aditivos químicos, devemos tomar cuidado com o consumo deste alimento, pois já sabemos que todas essas substâncias não são benéficas ao nosso organismo.

Além disso, é obrigatório que os ingredientes sejam listados na ordem decrescente de quantidade, ou seja, o primeiro tem mais do que o segundo que tem mais do que o terceiro e assim por diante. Por exemplo, no caso de um biscoito, se o primeiro ingrediente da lista for aveia, seguido de farinha integral e farinha de trigo branca, saberemos que a aveia está em maior quantidade do que a farinha integral, que por sua vez está em maior quantidade do que a farinha branca (o que faz desse produto mais saudável por ter ingredientes ricos em fibras).

Sabendo identificar esses detalhes, é possível encontrar pequenas diferenças entre vários produtos que parecem iguais, e que podem ser fundamentais para a sua saúde. Se compararmos duas barrinhas de cereais de banana, por exemplo, podemos ter uma com a lista de ingredientes mostrando apenas produtos naturais e com mais fibras (banana passa, aveia, flocos de arroz, fibra de trigo, castanha de caju e lecitina de soja) e outra com mais açúcar, gordura e aditivos químicos (glicose de milho, flocos de arroz, banana passa, açúcar, gordura vegetal e conservantes). Assim, essas barrinhas, que aparentemente são “iguais”, na realidade são completamente distintas e isso faz total diferença dentro do nosso corpo.
Por isso, muita atenção às suas escolhas alimentares. Todo esse exercício de observar rótulos, comparar alimentos, privilegiar uma alimentação mais saudável e se preocupar com o que se come, nada mais é do que um cuidado precioso com a sua saúde e sua vida.

Afinal, nós realmente somos o que comemos!


Texto escrito pela nutricionista Maria Fernanda Cortez- CRN: 29.172


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