COLESTEROL: Alimentação X Medicamentos

Uma medicação extensamente prescrita nos dias de hoje é a estatina, responsável pela diminuição do LDL colesterol (colesterol ruim). Em alguns casos, o paciente não tenta nem baixar seus níveis de colesterol com a ajuda de mudanças em sua alimentação e toma a medicação com a esperança de baixar seu colesterol sem se "privar" de certos alimentos que considera prazerosos.

O grande problema é que as estatinas têm certos efeitos colaterais. Pra explicar um dos efeitos que considero dos mais importantes, vou "começar do início":

As células do nosso corpo, dos tecidos, órgãos, precisam produzir energia para funcionar corretamente. Existe um composto chamado Coenzima Q10, que atua na produção de energia nas células, oxidando nutrientes.

É aí que entra a estatina: ela causa deficiência da Coenzima Q10 dentro da célula, bloqueando um intermediário necessário na produção dessa coenzima.

A deficiência da Coenzima Q10 gera falta de energia e consequente fadiga muscular.

Ironicamente falando, o paciente não morre de "artéria entupida", mas morre de insuficiência cardíaca.

Por isso, cautela na hora de decidir tomar estatina e se entupir de alimentos gordurosos que aumentam o LDL colesterol.

A estatina sem dúvida é um avanço importantíssimo da medicina, mas não deve ser prescrita indiscriminadamente.

No caso de colesterol alto genético, hereditário, não há dúvida de sua importância.

Mas os pacientes devem sim fazer o teste: durante 3 meses seguir uma rotina rígida de atividade física regular conjugada com alimentação saudável (com o objetivo de reduzir o colesterol "ruim" e aumentar a níveis satisfatórios o colesterol "bom"). Se não houver melhora nos níveis de colesterol, aí sim pensar com o seu médico na importância da estatina.

E se tomar estatina por tempo prolongado, que é o que acontece, tomar um suplemento com Coenzima Q10 para evitar a fadiga.